Foram 44 anos de envolvimento com crime e hoje Leida está limpa podendo
testemunhar sua salvação.
Nas décadas de 1970 e 1980 Leida Gabriel Batista começou a se envolver
com drogas e chegou a comandar oito pontos de fumo em Belo Horizonte. Sua
atuação no crime lhe rendeu o apelido de “Vovó do Pó”. Mas hoje ela não aceita
mais ser chamada assim, pois convertida passou a atuar contra o consumo de
drogas dando testemunhos em igrejas e fazendo evangelismo em penitenciárias.
Antes de se converter, Leida chegou a ser condenada por tráfico de
entorpecentes, porte de armas, formação de quadrilha e tentativa de homicídio.
Sem dever nada à justiça ela faz questão de deixar claro que só quem pode
julgá-la é Deus.
“Sei de gente que me critica por aí. Questionam que depois de todas as
maldades que fiz agora ando com a Bíblia embaixo do braço. Não devo mais nada
para a Justiça e quem tem de me julgar é Deus. Só ele pode dizer se passei por
essa experiência para que hoje pudesse ajudar a resgatar mais almas.”
O jornal O Estado de Minas (EM) fez uma reportagem especial falando sobre
a vida da ex-vovó do pó e de como ela se converteu, isso no ano 2000, falando
também de sua participação no Culto dos Resgatados, da Igreja Batista da
Lagoinha, onde Leida, hoje com 60 anos, esteve recentemente.
“Tinha pavor dos crentes, mas na hora em que mais precisei, só conseguia
me lembrar da vizinha dizendo que Jesus tinha um plano para minha vida”, lembra
ela que foi evangelizada por Elida Ismael dos Santos, uma vizinha que sentia
compaixão pelo estado em que Leia se encontrava.
“Meus filhos tinham virado as costas para mim, meus netos tinham medo da
avó, a Divisão de Tóxicos ameaçava dar uma batida no meu barraco. Eu estava sem
saúde, igual a um defunto ambulante, sem ter para onde ir. Naquele dia, pela
primeira vez dobrei meus joelhos no banheiro nos fundos da casa e chorei a
noite inteira”.
Dois anos depois Leida descia às águas do batismo, mas mesmo assim
precisou enfrentar algumas internações e recaídas até que pudesse ficar
completamente livre do consumo das drogas.
Hoje, nove anos depois de estar completamente limpa, Leida tem visitado
presídios três vezes por semana ministrando palestras de conscientização
mostrando que o crime não compensa e que há libertação em Jesus.
“Digo a eles que Jesus não vai ficar parado esperando que larguem o
treszoitão (revólver calibre 38). Explico que passarinho parado ou é estilingue
ou é gaiola. E que com eles é a mesma coisa, ou morrem no tráfico ou vão para a
cadeia”, diz ela que sempre cita aos detentos o versículo 32 de João 8 que diz
“E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”.

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